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Avaliação da flexão do cotovelo após transferência muscular livre do gastrocnêmio medial ou transferência do latíssimo do dorso na lesão traumática do plexo braquial Trabalho feito no Serviço de Mão e Microcirurgia, Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil.

RESUMO

OBJETIVO:

Comparar o ganho de flexão do cotovelo em pacientes com lesão traumática do plexo braquial após transferência muscular do latíssimo dorsal (TMLD) com a transferência muscular livre do ventre medial do gastrocnêmio (TMLGM).

METÓDOS:

Estudo retrospectivo, revisão de prontuários, amostra de conveniência, com 13 pacientes operados, entre 2000 e 2010. Grupo 1 (TMLGM) com sete pacientes e grupo 2 ou controle (TMLD) com seis. Função avaliada: 1) amplitude de movimento (ADM) em graus da flexão do cotovelo, goniometria manual; 2) grau de força de flexão do cotovelo, por escala de força muscular. Satisfatórios: 1) ADM: flexão do cotovelo ≥ 80°; 2) Força: flexão do cotovelo ≥ M3. Testes exato de Fisher e Kruskal-Wallis (p < 0,05).

RESULTADOS:

Média de idade foi de 32 anos (17 a 56). Acidente de moto em 72%. Força de flexão do cotovelo ≥ M3 no grupo 1 em sete pacientes (100%) e o grupo 2 em cinco (83,3%) (p = 0,462). Não tivemos M5 e o grupo 2 apresentou um paciente (16,7%) com resultado ruim M2. ADM na flexão do cotovelo com ganho ≥ 80° (funções diárias) foram encontrados no grupo 1 em seis pacientes (86%) e no grupo 2 em três (50%) (p = 0,1).

CONCLUSÃO:

Pacientes do grupo 1 tiveram um ganho maior de força e ADM, quando comparados com os do grupo 2, sem significado estatístico. Assim, TMLGM se torna uma nova opção cirúrgica, caso não possam ser aplicadas outras técnicas.

Palavras-chave:
Plexo braquial/cirurgia; Músculo/transplante; Procedimentos cirúrgicos reconstrutivos

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