OBJETIVO:
Avaliar o desfecho clínico da fixação artroscópica do manguito rotador (MR) e, quando presente, a correção simultânea da lesão de Bankart, causadas por luxação traumática. Avaliar se a dimensão da lesão do MR causada por luxação traumática influenciou nos resultados clínicos pós-operatórios.
MÉTODOS:
Foram avaliados retrospectivamente 33 pacientes com luxação traumática do ombro e lesão completa do manguito rotador e seguimento mínimo de dois anos. Para fins de análise, os pacientes foram divididos em grupos: presença de lesão de Bankart fixada ou ausência da lesão e lesões do MR menores do que 3 cm (grupo A) ou iguais a ou maiores do que 3 cm (grupo B). Todos foram submetidos a reparo artroscópico das lesões e avaliados, pós-operatoriamente, pelo escore da UCLA (University of California at Los Angeles) e medida da força.
RESULTADOS:
O grupo em que houve o reparo da lesão de Bankart apresentou UCLA pós-operatório de 33,96, em relação ao grupo em que essa lesão não estava presente 33,7, sem significância estatística (p = 0,743). O grupo A apresentou resultado de UCLA pós-operatório de 34,35 e grupo B 33,15, sem significância estatística (p = 0,416).
CONCLUSÃO:
Os resultados funcionais dos pacientes que apresentaram apenas rotura completa do manguito rotador após luxação traumática do ombro, submetidos ao reparo artroscópico, mostrou-se semelhante àqueles que apresentaram associação da lesão de Bankart, corrigida simultaneamente com a lesão do manguito rotador. A extensão da lesão inicial do manguito rotador não alterou os resultados funcionais na avaliação pós-operatória.
Ombro; Artroscopia; Ruptura; Manguito rotador; Luxação do ombro