RESUMO
OBJETIVO:
Avaliar o diâmetro dos tendões flexores em exames de ressonância magnética (RNM) pré-operatória e comparar com o diâmetro do enxerto obtido no ato intraoperatório.
MÉTODOS:
Em um estudo epidemiológico longitudinal retrospectivo, 44 pacientes foram elegíveis ao estudo e tiveram os exames de RNM e dados de cirurgias avaliados. Os tendões foram medidos na RNM no seu maior diâmetro no plano axial com o uso do epicôndilo medial do fêmur como nível de corte. Na cirurgia foi feito preparo de rotina do enxerto, dobraram-se os tendões grácil e semitendinoso, formou-se um enxerto quádruplo que teve sua medida registrada.
RESULTADOS:
Para a avaliação da associação entre as variáveis foi estimado o coeficiente de correlação de Pearson. Foi encontrada correlação significativa entre as medidas dos tendões grácil e semitendinoso e o diâmetro final do enxerto (p < 0,001). Ajustou-se uma curva ROC para a soma do diâmetro dos tendões, para a determinação de um ponto de corte associado ao diâmetro do enxerto (≤ 8 mm ou > 8 mm). Caso a soma seja maior do que 5,28 mm, a chance de obter um enxerto maior do que 8 mm é de 75%.
CONCLUSÃO:
A medida do diâmetro dos tendões grácil e semitendinoso no exame da RNM pré-operatória é uma maneira simples e eficaz na predição do tamanho final do enxerto a ser usado na cirurgia de reconstrução do LCA.
Palavras-chave:
Ligamento cruzado anterior; Reconstrução do ligamento cruzado anterior; Espectroscopia de ressonância magnética; Procedimentos ortopédicos