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Avaliação biomecânica da fixação do tendão da cabeça longa do bíceps braquial por três técnicas: modelo em ovinos Trabalho desenvolvido no Departamento de Clínica Cirúrgica, Hospital de Clínicas, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.

RESUMO

OBJETIVO:

Avaliar biomecanicamente a fixação da cabeça longa do bíceps braquial no úmero com âncoras ósseas, parafuso de interferência e sutura em partes moles e comparar resistência, força máxima de tração e tipos de falha na fixação.

MÉTODOS:

Foram usados 30 ombros de ovinos frescos, divididos em três grupos de dez para cada técnica. Após fixação, os tendões foram submetidos a tração longitudinal contínua até falha do sistema e obtiveram-se força máxima de tração (N) e deslocamento (mm).

RESULTADOS:

A força máxima de tração foi em média 95 ± 35,3 N para âncoras ósseas, 152,7 ± 52,7 N para parafuso de interferência e 104,7 ± 23,54 N para partes moles. Houve diferença estatisticamente significativa (p < 0,05): o parafuso de interferência demonstrou força máxima de tração superior às fixações com âncoras ósseas (p = 0,00307) e partes moles (p = 0,00473). A resistência com parafuso de interferência também foi superior à dos outros dois métodos (p = 0,0000127 e p = 0,0000029,5 respectivamente). Âncoras ósseas e partes moles não apresentaram diferenças, tanto para força máxima de tração (p = 0,9420) quanto para resistência (p = 0,141).

CONCLUSÃO:

A tenodese da cabeça longa do bíceps braquial com parafuso de interferência demonstra maior resistência quando comparada com as técnicas com âncoras ósseas e partes moles. As duas últimas técnicas não diferem.

Palavras-chave:
Bíceps braquial; Úmero; Biomecânica; Tendões

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