RESUMO
Objetivo:
A osteotomia em cunha de abertura da tíbia proximal é um procedimento amplamente feito para o tratamento da gonartrose medial em pacientes ativos e na presença de mau alinhamento em varo do membro inferior. O método de fixação é controverso e o uso de implantes convencionais foi substituído pelo uso de implantes com parafusos de bloqueio mais modernos. O objetivo do presente estudo clínico foi avaliar a manutenção da correção feita nos casos em que a fixação foi feita com implantes convencionais.
Métodos:
Este estudo retrospectivo incluiu 51 pacientes submetidos a osteotomia tibial alta em cunha de abertura em que a fixação foi feita com implantes convencionais (placa de DCP de 4,5 mm e parafusos não bloqueados). Os achados radiológicos referentes à altura da patela, à inclinação tibial e à correção do varo no pós-operatório imediato e após consolidação foram analisados para avaliar a manutenção da correção obtida pela osteotomia.
Resultados:
A perda de ângulo de correção média, calculada pela diferença entre o ângulo de correção no pós-operatório imediato e após a consolidação, foi de 0,92° ± 0,9°. Além disso, alterações na altura patelar, avaliadas pelo método de Blackburne-Peel, e na inclinação sagital do platô tibial não foram significativas ou clinicamente relevantes.
Conclusão:
O uso de placas e parafusos convencionais é uma opção viável na fixação da osteotomia tibial alta em cunha de abertura, pois proporciona estabilidade suficiente para manter a correção obtida até a consolidação, sem alterações significativas.
Palavras-chave:
Estudo retrospectivo; Osteotomia; Joelho; Osteoartrite