RESUMO
Objetivos:
Comparar o resultado funcional da neurotização do nervo axilar por um ramo motor do tríceps através do acesso axilar e do acesso posterior.
Métodos:
Foram incluídos no estudo 27 pacientes com lesão pós-traumática de plexo braquial submetidos à neurotização do nervo axilar por um ramo motor do tríceps para recuperação funcional do ombro de 2010 a 2014. Os pacientes foram avaliados e dois grupos foram identificados, um com 13 pacientes submetidos a neurotização do nervo axilar por um acesso axilar e o segundo com 14 pacientes nos quais foi usada a via de acesso posterior. Os pacientes foram submetidos a avaliação da força muscular com a escala preconizada pelo British Medical Research Council (BMRC) no pré-operatório e com 18 meses de pós-operatório, foi considerada força motora efetiva graduação M3 ou maior.
Resultados:
No grupo que fez o acesso axilar, 76,9% dos pacientes obtiveram força motora efetiva de abdução e 69,2% de rotação externa. Já no grupo com acesso posterior, 71,4% dos pacientes conseguiram força motora efetiva de abdução e 50% de rotação externa. A diferença entre os dois grupos não foi estatisticamente significante (p = 1,000 para escala BMRC de abdução e p = 0,440 para rotação externa).
Conclusão:
Na avaliação da graduação de força na escala BRMC, o uso do acesso axilar para neurotização de um ramo motor do tríceps para o nervo axilar não apresenta diferenças estatísticas em relação ao uso do acesso posterior.
Palavras-chave:
Plexo braquial; Nervo axilar; Transferência nervosa; Neurotização; Ombro