RESUMO
Objetivo:
Avaliar os efeitos da atorvastatina cálcica no tratamento da osteoporose induzida com dexametasona.
Métodos:
A indução da osteoporose consistiu na administração de dexametasona na dose de 7,5 mg/kg de peso corporal, por via intramuscular, uma vez por semana durante quatro semanas, à exceção dos animais do grupo controle (G1). Os animais foram distribuídos nos seguintes grupos: G1 (grupo controle sem osteoporose), G2 (grupo controle com osteoporose sem tratamento), G3 (grupo controle com osteoporose tratado com alendronato de sódio 0,2 mg/kg) e G4 (grupo com osteoporose tratado com atorvastatina cálcica 1,2 mg/kg). Após 30 e 60 dias do início do tratamento dos animais, foram feitas as dosagens dos níveis séricos de fosfatase alcalina, fosfatase alcalina óssea, avaliação biométrica e histomorfométrica óssea.
Resultados:
Em relação às análises biométricas e histomorfométricas, aos 60 dias de tratamento o G4 apresentou densidade óssea (índice Seedor), densidade trabecular óssea e espessura da cortical de 0,222 ± 0,004 g/cm, 59,167 ± 2,401% e 387,501 ± 8,573 µm, respectivamente, com diferença positiva, estatisticamente significativa (p < 0,05), em relação ao grupo G2. Aos 30 e 60 dias de tratamento, o G4 apresentou níveis séricos de fosfatase alcalina óssea estatisticamente significativos (p < 0,05) e superiores a todos os grupos (7,451 ± 0,173 µg/L e 7,473 ± 0,529 µg/L, respectivamente).
Conclusão:
O tratamento com atorvastatina cálcica demonstrou a capacidade desse fármaco de aumentar a atividade osteoblástica e a atividade reparadora tecidual óssea, atuar de forma diferente do alendronato de sódio, que demonstrou atividade preponderantemente antirreabsortiva.
Palavras-chave:
Glicocorticóide; Difosfonatos; Alendronato; Fosfatase alcalina; Histomorfometria óssea