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Qual o prognóstico da artrodese tríplice quando utilizada no tratamento do pé plano adquirido do adulto (PPAA)?* * Trabalho desenvolvido no Grupo de Cirurgia do Pé e Tornozelo do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Santa Casa de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Resumo

Objetivo

Avaliar a capacidade da artrodese tríplice de aliviar as principais queixas dos pacientes que apresentam pé plano adquirido do adulto (PPAA): 1) dor incapacitante localizada no médio e retropé; 2) deformidades marcadas pelo colapso do arco medial, valgo, abdução e supinação.

Método

Avaliamos 17 pacientes (20 pés) portadores de PPAA em estado avançado que foram submetidos à correção cirúrgica pela artrodese tríplice modelante. A média de idade dos pacientes no momento da cirurgia foi de 62 anos (variação de 38 a 79 anos), e o tempo médio de seguimento foi de 43 meses (variação de 18 a 84 meses). Utilizamos critérios clínicos empregando a escala visual analógica da dor (EVAD) e a escala funcional da American Orthopaedic Foot and Ankle Society (AOFAS, na sigla em inglês) do retropé para avaliar a eficácia da cirurgia.

Resultados

A dor residual mensurada pela EVAD foi de três pontos, em média. Observamos incremento médio de 23% nos valores da escala AOFAS do retropé após o tratamento cirúrgico. A correção das deformidades foi satisfatória em 10 de 20 pés; parcialmente satisfatória em 4 de 20 pés; parcialmente insatisfatória em 5 de 20 pés; e insatisfatória em 1 de 20 pés.

Conclusão

Apesar da artrodese tríplice modelante indicada no tratamento do PPAA em estágio avançado apresentar alto índice de consolidação óssea, a correção incompleta das deformidades pré-existentes e a persistência de dor residual contribuíram para a elevada taxa de decepção dos pacientes com o resultado da cirurgia.

Palavras-chave:
pé chato/etiologia; pé chato/cirurgia; artrodese; deformidades adquiridas do pé

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