A partir da perspectiva sociocultural construtivista, o artigo tem como objetivo analisar a construção das identidades sexuais não-hegemônicas em jovens adultos na cidade de Brasília, com base em uma pesquisa qualitativa que partiu do questionamento amplo: como sujeitos concretos dão sentido às suas vivências homoeróticas? Participaram da pesquisa seis homens e quatro mulheres de classe média de Brasília que se reconhecem como pessoas que apresentam uma orientação sexual distinta da heterossexualidade. O estudo indicou a importância das estratégias pessoais e coletivas utilizadas no cotidiano para lidar com o preconceito e a discriminação em relação às identidades sexuais não-hegemônicas. Tais estratégias são constitutivas da forma como os(as) participantes vivenciam as suas experiências homoeróticas, bem como se posicionam em suas relações sociais e consigo mesmos(as).
gênero; sexualidade; homossexualidade; identidades sexuais; preconceito