O objetivo do estudo foi analisar a dinâmica familiar de crianças com dor abdominal recorrente, investigando se fatores comuns em famílias psicossomáticas, como conflitos conjugais, família emaranhada, superprotetora, rígida e/ou com ausência de resolução de conflitos estavam relacionados ao sintoma da criança. O delineamento utilizado foi estudo de casos múltiplos. Foram realizadas entrevistas e foi construído um genograma com as mães de quatro crianças. Percebeu-se a presença de fatores comuns em famílias psicossomáticas associados ao sintoma da criança. Observou-se vínculos conturbados, a existência de eventos estressores anteriores ao sintoma, além da ocorrência de perdas reais ou simbólicas. As famílias parecem ser matrifocais e os pais, mesmo nos casos em que estão presentes, parecem virtuais.
família psicossomática; criança; dor abdominal recorrente