O presente trabalho possui o duplo objetivo de apresentar a concepção da dor como um processo complexo e subjetivo, como também de apontar a psicoterapia como um recurso capaz de redefinir a influência do contexto que perpassa a experiência de dor. Partindo-se de três estudos de caso de pacientes com dor crônica, destacou-se a complexidade da experiência dos sujeitos, perpassada por processos culturais, biológicos, sociais, pessoais e históricos, como ainda as formas pelas quais a psicoterapia proporcionou mudanças significativas na inserção dos sujeitos em seus respectivos contextos relacionais. Ressalta-se a importância do papel do terapeuta na desconstrução de narrativas inadequadas e na compreensão da dor enquanto um processo subjetivo ligado ao sujeito e ao seu mundo social.
psicoterapia; dor; complexidade; subjetividade; contexto