Resumo
Este estudo teve como objetivo caracterizar as situações de violência contra mulheres notificadas pelos profissionais da saúde no Rio Grande do Sul. Foram analisadas 20.999 notificações realizadas entre 2010 e 2014. As notificações incluíram, com maior frequência, mulheres de 19 a 29 anos. A violência física foi a mais predominante, sendo a residência da vítima o principal local de ocorrência. A maioria dos agressores era do gênero masculino, parceiros ou ex-parceiros íntimos. As mulheres foram encaminhadas com maior frequência para ambulatórios e delegacias. Os resultados podem subsidiar estratégias para prevenção e enfrentamento da violência contra a mulher. O estudo permitiu identificar fragilidades nas informações notificadas, bem como nos encaminhamentos realizados, indicando a necessidade de investimentos na capacitação dos profissionais da saúde.
Palavras-chave:
violência de gênero; violência contra a mulher; violência doméstica; saúde pública