RESUMO
Na perspectiva psicanalítica, a concepção de corpo e organismo se distinguem, sobretudo pelo fato deo segundo ser pulsional. O presente artigo se propõe investigar o estatuto de corpo que emerge após 1920, no qual se situa esta radicalidade. A discussão está articulada ao postulado da pulsão de morte, momento em que a dimensão econômica ganha relevo na teoria freudiana. São privilegiadas na investigação as problemáticas do excesso pulsional e da representação psíquica. Aponta-se que o corpo pode apresentar manifestações que não se restringem à esfera representacional, como, por exemplo, o fenômeno da memória corporal. Destaca-se, ainda, a função da dor na constituição de corpo e a importância fundamental da alteridade no processo de subjetivação.
Palavras-chave:
corpo; psicanálise; pulsão de morte; representação psíquica; memória corporal