Resumo
A proposta deste artigo é aproximar a noção de letra como litoral, tal como forjada por Jacques Lacan em seu texto Lituraterra (1971/2003), das danças/montagens da artista e coreógrafa alemã, Pina Bausch. Para tal, constrói-se um percurso do significante à letra no ensino de Lacan, bem como uma análise do processo criativo das montagens de Pina, visando ao que parece se apresentar ali como fora de sentido; fora do que a linguagem pode recobrir, do que se pode dizer e produzir significações. Assim, pretende-se fazer uma costura entre os referidos conceitos psicanalíticos e os fragmentos que se apresentam nas produções bauschianas, a fim de encontrar um recurso possível de transmissão sobre a letra.
Palavras-chave:
Jacques Lacan; Pina Bausch; letra; litoral; gestos