Este trabalho retoma o papel de ruptura desempenhado pela obra Para o Estudo da Fonêmica Portuguesa (1953), no contexto acadêmico brasileiro dos anos 50, fundamentado no contraste com as "Normas para a boa pronúncia da língua nacional no canto erudito", estabelecidas em 1937 pelo Congresso da Língua Nacional Cantada. Parto da suposição de que há continuidade entre o ponto de vista fonético e o ponto de vista fonêmico no que diz respeito a problemas empíricos tratados pelas duas linhas de pesquisa, mas defendo que há descontinuidade no que diz respeito ao modo de tratar os dados fônicos.
Mattoso Câmara; Fonêmica; Fonética; Congresso da Língua Nacional Cantada