RESUMO
Este estudo integra o projeto Atlas Linguístico do Português em Áreas Indígenas (ALiPAI) e investiga, à luz da Dialetologia Pluridimensional e Relacional (Thun, 1998THUN, Harold. 1998. La geolinguística como linguística variacional general (con ejemplos del Atlas linguístico Diatópico y Diastrático do Uruguay). In: RUFINO, Gilvanni. (Org.). Atti Congresso internacizionale di linguistica e filologia romanza, 21, 1995, Palermo. Tübingen: Niemeyer.) e da Geossociolinguística (Razky, 1998RAZKY, Abdelhak. 1998. O Atlas geo-sociolinguístico do Pará: abordagem metodológica. In: AGUILERA, Vanderci de Andrade. (Org.). A geolinguística no Brasil: caminhos e perspectivas. Londrina: EDUEL .), a variação lexical do português falado por índios de origem Tupí-Guaraní dos estados do Pará e Maranhão, a partir do campo semântico Atividades Agropastoris do Questionário Semântico-Lexical (QSL), aplicado para esta pesquisa. Considerou-se as dimensões diatópica, diassexual, diageracional, diastrática e dialingual. Os resultados refletem um contínuo dialetal étnico não homogêneo na área considerada e entre esta e áreas não indígenas localizadas no mesmo espaço geográfico das TIs pesquisadas. Dessa forma, conclui-se que as áreas indígenas consideradas são fortemente influenciadas pelas comunidades não indígenas que as rodeiam.
Palavras-chave:
Variação lexical; Áreas indígenas; Tupí-Guaraní; Contínuo dialetal