Este estudo faz uma análise da abordagem da Reggio Emília para a Educação Infantil. Assumindo uma posição pós-estruturalista de inspiração foucaultiana, descreve a proposta italiana e anatomiza seus discursos. A utilização das ferramentas teórico-metodológicas possibilita determinar um espaço analítico - no qual os domínios da ética e da política se cruzam permanentemente - para entender como operam as modernas práticas de subjetivação, nessas experiências educativas destinadas a crianças de tenra idade. O exame breve e pontual da referida abordagem possibilita destacar vocabulários provenientes de campos claramente identificáveis para indicar suas articulações, filiações, compromissos. Pressupondo-se que é a linguagem que permite tornar determinada "porção da realidade" pensável, mostra-se como as palavras podem tornar inteligíveis as práticas sociais e expressar direções desejáveis para ali produzir intervenções.
Governamento da Infância; Reggio Emilia; Tecnologias do Eu; Manuais para Professoras