O presente artigo trata do trabalho desenvolvido por um grupo de formação instituído em uma escola de ensino fundamental da Rede Municipal de Campinas-SP, no período de 2004 a 2005, cujo objetivo foi a redefinição do trabalho com as classes de alfabetização. Uma das inquietações do grupo foi a não-aprendizagem de alguns dos alunos das primeiras séries no tempo que a escola seriada estipula. Em função disso, as professoras promoveram uma mudança significativa ao assumir a responsabilidade pela aprendizagem de todos os alunos dessas séries que precisavam de "outros tempos". Enfatizo, neste texto, a potencialidade do trabalho conjunto dessas professoras quando decidiram mudar a prática do reforço já instituída na escola, prática solitária professora-aluno. A prática coletiva do reforço estabeleceu novas formas de organização que possibilitaram aos alunos vivenciar o trabalho com outras professoras, bem como proporcionar-lhes a possibilidade de trocar olhares sobre um mesmo aluno.
Formação; Trabalho Coletivo; Prática Pedagógica