Partindo de uma pesquisa de abordagem etnográfica realizada em um ambien te educacional de atendimento à pequena infância, o presente trabalho trata de dispositivos pedagógicos que transpassam o corpo nos momentos de higiene e nos demais tempos que compõem a rotina das instituições de educação infantil. Os resultados revelam discursos e ações que se dirigem à cultura de uma infância asséptica já presente nas concepções higienistas do século XIX. Os momentos que conformam a rotina institucional se fazem fortemente marcados pela presença de ações e estratégias vinculadasà higiene, à saúde e à "qualidade de vida". Os discursos e práticas que ali circulam aparecem em meio a um conjunto de normas que funcionam como braço pedagógico de uma biopolítica que atua na constituição da vida nua.
Educação Infantil; Biopolítica; Biopolítica da Infância; Higienismo