RESUMO:
Dotado de um teor ensaístico, este artigo pensa a docência no avesso da doxa educacional, da opinião pública, do espírito majoritário, do consenso burguês, da Voz do Natural, da violência do preconceito e da geleia geral espalhada com as bênçãos do poder. Discute o arquivo da docência, com o qual a Aula é feita, trabalhando-a como um conceito filosófico, que se forja num encontro tradutório entre Currículo e Didática. Realiza experimentações de escrita-e-leitura acerca do tratamento onírico desse arquivo, bem como do direito dos professores de sonhá-lo poeticamente. Conclui que cabe ao professor permanecer em vigília: ato de resistência, preparado no Currículo, conjurado na Didática, lutado na Aula.
Palavras-chave:
A-traduzir; Docência; Aula; Poética; Sonho