RESUMO:
O presente artigo apresenta um breve panorama da conjuntura atual da educação brasileira apontando também alguns desafios a serem superados. Discute a concepção de bildung (formação) na filosofia alemã, explorando suas articulações com conceitos bastante caros ao processo de ensino-aprendizagem. Nesse sentido, o conceito de tato (bem como a defesa da formação estética) é utilizado a fim de subsidiar propostas que promovam dinâmicas de ensino-aprendizagem horizontais, participativas e que contemplem as múltiplas dimensões formativas. Busca, por fim, pensar em alternativas no âmbito da micropolítica da escola que contribuam com a criação de culturas formativas na educação desde uma formação para a sensibilidade e de uma postura autônoma dos educandos. A noção de autonomia preconizada na educação popular é resgatada (BRANDÃOBRANDÃO, Carlos Rodrigues. A Educação como Cultura. São Paulo: Brasiliense, 1985., 1985) e a ela são incorporados traços formativos discutidos pelos teóricos que abordam o conceito de bildung (GADAMERGADAMER, Hans-Georg. Verdade e Método: traços fundamentais de uma hermenêutica filosófica. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999., 1999; QUINTANA CABANASQUINTANA CABANAS, José María. Teoría de la Educación: concepción antinómica de la educación. Madrid: Dikinson, 1995., 1995; SUAREZSUAREZ, Rosana. Nota sobre o Conceito de Bildung (formação cultural). Kriterion, Belo Horizonte, v.46, n.112, p. 191-198, dez., 2005., 2005; WEBERWEBER, José Fernandes. Bildung e Educação. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 31, n.2, p.117-134, jul./dez, 2006., 2006).
Palavras-chave:
Bildung; Educação e Cultura; Educação no Brasil; Formação; Educação Popular