RESUMO:
Este artigo tem como objeto analisar as relações de aprendizagem na infância no contexto educacional da Escola Viva Olho do Tempo (EVOT), uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público localizada na área rural de João Pessoa, Paraíba, na qual as crianças se envolvem na prática do batuque como proposta pedagógica. Para isso enlaçamos, de forma interdisciplinar, teorias que tratam da aprendizagem na infância e da aprendizagem na prática. Nesse emaranhado, baseadas em uma observação participante e atentas às ações e percepções das crianças, tratamos categorias sentidas e emergidas na pesquisa de campo: participação, autonomia, desenvolvimento e crescimento no/com o corpo. Concluimos que as ações entendidas pelas crianças que implicam “aprender sozinho” e ¨se garantir” se misturam aos vínculos conflituosos (re) nascidos nas relações intra e intergeracionais e com as coisas (sobretudo os instrumentos) no ambiente. São nessas relações que as crianças desconstroem a noção adultocêntrica associada à relação ensinar-aprender.
Palavras-chave:
crianças; aprendizagem; batuque; relações intra e intergeracionais; João Pessoa