RESUMO:
O artigo problematiza a constituição do Arquivo de Memórias da Faculdade de Educação/UFRGS. Sua organização se inscreve no campo da História da Educação em interfaces com os postulados da História Cultural, por promover a exploração de experiências educativas, por vezes esquecidos pela historiografia. A temática também filia-se às discussões contemporâneas acerca das práticas arquivísticas. Neste lugar, abrigam-se documentos históricos em diferentes dimensões. Mas “o sabor do arquivo” (Farge, 2009), sem descuidar da documentação oficial, reside no recebimento de arquivos pessoais de professores e de estudantes, muitos deles formados por escrituras ordinárias, e também na produção de memórias orais dos sujeitos que compõem as comunidades acadêmica e escolar. Nesses gestos de guardar, concentram-se esforços para a constituição de um Arquivo Vivo, em que as problemáticas colocadas no tempo presente, transformadas rapidamente em passado direcionam nossas ações e intenções acerca do que guardar, por que guardar, para que guardar, para quem guardar.
Palavras-chave:
História da Educação; Arquivos Pessoais; História Oral