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AMBIÊNCIAS FORMATIVAS COMO ESPAÇOSTEMPOS1 1 Adotamos o uso dos termos “espaçostempos”, “fazeressaberes”, “aprendizagemensino”, “aprenderensinar”, entre outros, escritos de forma diferenciada, pois nos inspiramos no referencial teórico de Andrade, Caldas e Alves (2019) sobre as pesquisas nos/dos/com os cotidianos. As autoras assim justificam esse uso: “porque, há muito, percebemos que as dicotomias necessárias à criação das ciências na Modernidade têm significado limites ao que precisamos criar na corrente de pesquisa a que pertencemos. Com isto, passamos a grafar deste modo os termos de dicotomias herdadas: juntos, em itálico e entre aspas. Estas últimas foram acrescentadas com vistas a deixar claro aos revisores/as de textos que é assim que estes termos precisam aparecer (p. 19-20). DE AUTORIAS NO ENSINO SUPERIOR

FORMATIVE ENVIRONMENTS AS SPACES AND TIMES OF AUTHORSHIP IN HIGHER EDUCATION

AMBIENTES FORMATIVOS COMO ESPACIOS DE AUTORÍA EN LA EDUCACIÓN SUPERIOR

RESUMO:

Este artigo constitui um recorte de uma pesquisa de doutorado, realizada na UERJ, instituição pública de nível superior, localizada no Rio de Janeiro, que visou compreender como o formador se forma no contexto da cibercultura. Nele, as autoras objetivam discutir o papel das ambiências formativas geradoras de autorias no ensino superior. Questões instigadoras, tais como: é possível pensar a formação em espaços outros que não sejam os da universidade? qual a relevância e impactos da cibercultura nos modos de “aprenderensinar”? como se desenvolve o processo de formação docente? que trajetórias formativas constituem a docência universitária? e que práticas educacionais, promovidas e mediadas na interface cidade e ciberespaço, favorecem o surgimento de autorias? são trazidas ao debate, sustentadas em reflexões, argumentos e posicionamentos acerca da formação de professores. Compreendendo a bricolagem metodológica como um caminho aberto à prática epistemológica multirreferencial (Ardoino, 1998; Macedo, 2012; Kincheloe, 2007), ancoram-se na abordagem da pesquisa com os cotidianos (Alves, 2008; Certeau, 2018; Andrade, Caldas e Alves, 2019), e dialogam com a pesquisa-formação (Josso, 2004; Santos, 2019), com o apoio de diferentes dispositivos de pesquisa, que legitimam a experiência e o acontecimento como elementos estruturantes desse processo. As autoras concluem que, nessas ambiências, a formação se revela como experiência social, política, acadêmica e afetiva, a partir de atos de currículo que fomentam as discussões e ações críticas, em rede, fazendo emergir diversas autorias.

Palavras-chave:
Ambiências formativas; atos de currículo; autorias; redes de aprendizagem híbridas

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