A despeito da anarquia que resulta da ausência uma autoridade legítima comum, as relações internacionais pós-Westphalia têm elementos de ordem que são suficientes para caracterizá-las como uma forma de "associação prática". Esses elementos são a (igual) soberania nacional, a diplomacia, o direito internacional e o equilíbrio de poder. Discute-se, neste artigo, em que medida esses pilares da ordem mundial pós-Westphalia ainda se prestam para pensar as relações internacionais no pós-Guerra Fria. Trata-se de saber em que medida essas relações hoje se afastam do modelo de "associação prática" em direção a um modelo, normativamente mais exigente, de "associação de objetivos".