A visão pluralista clássica da ordem internacional - fundada no reconhecimento mútuo da soberania nacional - vem sendo colocada em xeque pela ampliação da agenda normativa internacional. O artigo vê com certo ceticismo, no entanto, as tentativas de combinar essas preocupações normativas mais ambiciosas (proteção ao meio ambiente, direitos humanos) com a demanda de cumprimento obrigatório das normas internacionais. Examinam-se os obstáculos que se encontram no caminho desse "solidarismo coercitivo" e argumenta-se que um consenso procedimental, em âmbito internacional, deve preceder um consenso substantivo sobre valores.