A partir de uma análise de diversos pensadores sociais progressistas situados no mundo periférico, o artigo relaciona o fenômeno da transculturação - concebido como o "outro lado" da galáxia processual chamada de globalização - com a produção, real e possível, de novas utopias. Utopias produzidas a partir do confronto, contraste e interpenetração entre formas de racionalidade "ocidental" e formas sócio-culturais do mundo periférico, os quais geram novos modos de racionalidade baseados na transculturação. Conclui-se que os novos pensamentos progressistas vindos do Sul, do "Terceiro Mundo", onde mais longe foram os processos de transculturação, são os que têm, potencialmente, mais poder criativo diante do caráter complexo e abrangente da modernização na Era do Globalismo.
Globalização; Transculturação; Centro e Periferia; Utopia