Por dois séculos, a experiência da França em 1789 transformou a relativamente anódina categoria da revolução num eixo obrigatório do juízo político em todo o mundo. Nessa longa travessia, ela serviu mais insistente e efetivamente para definir a lealdade e a antipatia políticas do que para dirigir a agência política para fins bem definidos e politicamente acessíveis. O que a equipou para fazer isso foi uma imagem das exigências imperiosas e abrangentes da razão humana no interior da vida coletiva. Mas é duvidoso hoje que tais pretensões sejam capazes de oferecer uma base massiva de solidariedade para reconstruir a sociedade e a política, depois do colapso ou derrubada de um regime.
Revolução e teoria política; Revolução Russa; Revolução Francesa