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Margens da política, fronteiras da violência: uma ação coletiva das periferias de São Paulo

Political borders, Violence limits: a collective action in São Paulo's urban outskirt

O artigo discute a relação contemporânea entre periferias urbanas e mundo político no Brasil, tomando como objeto heurístico a trajetória de mais de duas décadas de uma ação coletiva da zona leste de São Paulo. Argumento que a relação entre periferias e mundo público foi historicamente marcada pelo conflito. O percurso desse conflito, e de suas formas de contenção a partir dos anos 1970, faz ainda hoje coexistirem três dispositivos distintos, que na linha do tempo tiveram ênfases sucessivas: 1) a luta política, cuja lógica interna remeteu à aposta nos direitos da cidadania, central nas ações dos “movimentos sociais” desde os anos 1970 até o início dos 1990; 2) a gestão estatal e civil de grupos sociais das periferias, presente na lógica interna dos “programas sociais” a partir de meados dos anos 1990; e 3) a violência, presente ou latente na força repressiva voltada às periferias e regulada hoje, sobretudo, pelo próprio "mundo do crime".

Periferia urbana; Ação coletiva; Movimento social; Política; Violência


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