O ensaio investiga os fundamentos teológico-políticos da obra seminal de Euclides da Cunha, Os sertões, dando especial ênfase à relação entre messianismo e potencial construção da nação. Nele, não se aplica simplesmente o modelo "teológico-político" à leitura da obra, para comprovar, uma vez mais, a tese da equivalência estrutural entre conceitos teológicos e políticos. Mais do que isso, analisa os conflitos da época a partir das exigências teológico-políticas e, assim, compreende as oportunidades e as consequências de suas ruínas (no sentido duplo de destruição causada e de ruína da própria estrutura teológico-política). O ensaio contribui para uma nova percepção crítica do papel de Os sertões, no que diz respeito à complexa tradição messiânica brasileira.
Teologia política; Messianismo; Antagonismo; Ruína; Sensibilidade; Literatura; Brasil; Euclides da Cunha