A partir de uma etnografia histórica da sociedade baiana de inícios do século XX, o artigo trata da trajetória social e familiar do jornalista, etnógrafo e folclorista Edison de Souza Carneiro (1912-1972). O foco do texto é duplo: de um lado, reconstruir a posição social e política dos Souza Carneiro nos espaços das elites dirigentes de Salvador, atentando-se aos efeitos dessa posição na forma como questões relativas à raça e à negritude da família foram vivenciadas por seus membros, e, de outro, desvelar como estas coordenadas de natureza familiar, política e étnica rebateram nos primeiros experimentos intelectuais de Edison Carneiro, no final de década de 1920.
Edison Carneiro; Relações raciais; Família negra; Sociedade baiana; Salvador