Resumo
Este artigo expõe uma ferramenta conceitual que permite observar a ação histórica do Estado no Brasil, tomando principalmente sua capacidade de definir territórios e ações por meio de seu discurso institucional e legitimador. Demonstra-se, dessa maneira, que as ciências sociais precisam captar as injunções entre a narrativa pública e os “meios de produção da definição” produzidos no seio das afirmações estatais. Mediante síntese histórico-teórica dos governos Lula e seu aspecto desenvolvimentista, bem como do pensamento analítico sobre a modernidade, argumenta-se no texto que ideias como região e desenvolvimento são partes intercaladas para uma genealogia das formas de classificação que a máquina pública engendra. Pensar esses elementos é orientar ferramentas de análise em sociologia política.
Palavras-chave:
Meios de Produção da Definição; Estado e Discurso; Economia das Trocas Simbólicas