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Incisão periauricular para operações da glândula parótida

RACIONAL: As incisões mais comuns para parotidectomia consistem em abertura pré ou periauricular prolongadas para a região submandibular ou cervical. Elas podem acompanhar-se de cicatrizes imperfeitas, provocando deformidades cutâneas locais. OBJETIVO: Avaliar o tratamento de afecções cirúrgicas parotídeas através de incisão periauricular apenas. MÉTODO: Foram estudados 39 pacientes consecutivos com moléstias da parótida. Adenoma pleomórfico (20 casos) foi a afecção mais encontrada, seguida por outros tumores benignos (9 casos), carcinomas (5 casos), cisto parotídeo (3 casos) e parotidite crônica (2 casos). Todas as parotidectomias foram realizadas através de incisão periauricular. Em presença de carcinoma, a linfadenectomia cervical foi conduzida por meio de incisão cervical transversa supra-hióidea homolateral. RESULTADO: A remoção da afecção parotídea foi possível em todos os casos sem incisão cutânea complementar. Todas as cicatrizes tiveram bom resultado estético e, após seis meses, elas estavam quase imperceptíveis. Os pacientes revelaram satisfação com o resultado da operação. Fraqueza facial temporária ocorreu em 28 operações. Desconforto auricular transitório foi registrado em 22 pacientes. Todos tiveram hipoestesia da região operada, que perdurou por até seis meses. As complicações encontradas neste trabalho estão descritas na literatura como esperadas em parotidectomia, independentemente do tipo de incisão. CONCLUSÃO: A incisão periauricular é opção boa e estética para abordagem cirúrgica da glândula parótida.

Neoplasias parotídeas; Período pós-operatório; Complicações


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