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Avaliação da expressão imunoistoquímica da proteína p16INK4a no adenocarcinoma de esôfago

INTRODUÇÃO: O adenocarcinoma de esôfago apresenta aumento de frequência nas últimas décadas, particularmente em países desenvolvidos. O esôfago de Barrett é reconhecido como a principal lesão precursora e o estudo da sequência metaplasia-displasia-adenocarcinoma mostra a ocorrência de alterações genéticas desde suas fases mais incipientes. As alterações no p16INK4a são relatadas como frequentes no esôfago de Barrett e no carcinoma de esôfago. OBJETIVO: Verificar a prevalência da expressão imunoistoquímica da proteína p16INK4a em exames anatomopatológicos de pacientes com adenocarcinoma de esôfago. MÉTODO: A população do estudo foi constituída de 37 pacientes com adenocarcinoma de esôfago. A expressão da proteína p16 foi detectada por meio de análise imunoistoquímica, com anticorpo primário p16INK4aAb-7, clone 16P07, NeoMarkers e avaliada de acordo com o Sistema de Escore de Imunorreatividade (Immunoreactive scoring system - IRS) modificado. RESULTADOS: No grupo houve predominância de pacientes do sexo masculino (86,5%) e a maioria dos casos correspondia a estádios avançados (III e IV = 67,5%). Em 12 casos (32,4%) foi identificada expressão imunoistoquímica da proteína p16INK4a. Não foi observada relação significativa entre a perda da expressão da proteína p16INK4a e o grau de diferenciação histológica (p=0,81) nem com o estadiamento da doença (p=0,485). CONCLUSÃO: Ocorre perda da expressão imunoistoquímica da proteína p16INK4a, corroborando as informações de que a inativação do gene p16 é um evento frequente e que pode exercer papel importante na carcinogênese do adenocarcinoma de esôfago.

Esôfago; Neoplasia de esôfago; Genes p16


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