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ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo)
Print version ISSN 0102-6720On-line version ISSN 2317-6326
Abstract
MENDES-FILHO, Antonio Moreira et al. Influência do teste de esforço no refluxo gastroesofágico em portadores de doença do refluxo gastroesofágico. ABCD, arq. bras. cir. dig. [online]. 2014, vol.27, n.1, pp.3-8. ISSN 2317-6326. http://dx.doi.org/10.1590/s0102-67202014000100002.
Racional
: A doença do refluxo gastroesofágico é afecção com elevada prevalência em todo o mundo, que apresenta grande variedade de sinais e sintomas esofagianos ou extra-esofágico, podendo ter entre suas complicações o adenocarcinoma esofágico. Nos últimos anos, maior importância tem sido dada à influência dos exercícios físicos na sua patogênese. Algumas investigações recentes, embora com resultados conflitantes, apontam para agravamento do refluxo gastroesofágico durante eles.
Objetivos
: Avaliar a influência da atividade física em pacientes com doença erosiva e não erosiva através do teste ergométrico de esforço, e ainda, a relevância do tônus do esfíncter esofagiano inferior e do índice de massa corpórea durante esta situação.
Métodos
: Vinte e nove pacientes com doença do refluxo erosiva (grupo I) e 10 com não-erosiva (grupo II) foram avaliados prospectivamente. Todos foram submetidos à avaliação clínica, seguida pela endoscopia digestiva alta, manometria e pH-metria esofágica de 24 horas. Um teste ergométrico foi realizado uma hora antes de retirar a sonda de pH-metria. Durante ele as seguintes variáveis foram analisadas: eficácia do teste, o consumo máximo de oxigênio ou VO2 max, tempo de refluxo ácido, sintomas de refluxo gastroesofágico, influência do tônus do esfíncter esofágico e do índice de massa corporal na ocorrência de refluxo gastroesofágico durante esta situação.
Resultados
: VO2 max apresentou correlação significativa, quando foi maior ou igual a 70%, apenas no grupo doença erosiva, avaliando os pacientes com ou sem refluxo ácido durante o teste ergométrico (p=0,032). As demais variáveis consideradas não demostraram correlação significativa entre a ocorrência de refluxo gastroesofágico e a atividade física (p>0,05).
Conclusões
: 1) Atividade física de alta intensidade pode predispor à ocorrência de episódios de refluxo gastroesofágico em pacientes em portadores da forma erosiva; 2) atividade física de baixa intensidade ou de curta duração não exercem influência, independentemente do índice de massa corpórea; 3) o tônus do esfíncter esofagiano não influencia na ocorrência de episódios de refluxo gastroesofágico durante atividade física.
Keywords : Refluxo gastroesofágico; Teste de esforço; Exercício; Motilidade gastrointestinal.