RACIONAL:
Os abscessos e fístulas anais representam cerca de 70% do total das supurações perianais, estimando-se incidência de 1/10000 habitantes por ano e representando 5% das consultas em coloproctologia.
OBJETIVO:
Avaliar a eficácia da técnica de ligadura interesfincteriana do trato fistuloso no tratamento de fístula anal.
MÉTODOS:
Foram estudados os prontuários de oito pacientes submetidos à essa técnica avaliando-se idade, sexo e presença de incontinência. Denominou-se primeiro tempo da técnica a passagem de sedenho com fio de algodão zero a fim da correta individualização do trajeto fistuloso e, como segundo tempo a realização do procedimento.
RESULTADOS:
Dois pacientes eram homens e oito mulheres. A média de idade foi de 42,8 anos. Desse total, sete (87,5%) evoluíram com cura completa da fístula, seis somente com esse procedimento e um necessitou passar por operação adicional após a realização do segundo tempo, com fistulotomia simples. Apenas uma paciente evoluiu com incontinência fecal a qual foi documentada por exame de manometria anorretal. Não houve óbitos nessa série.
CONCLUSÃO:
A técnica de ligadura interesfincteriana do trato fistuloso mostrou-se eficaz para o tratamento da fístula anal e não deve ser desestimulada a despeito da ocorrência de incontinência fecal.
Fístula anal; Incontinência fecal; Cirurgia