RACIONAL:
O câncer de reto é o agravo mais frequente para a indicação do estoma abdominal definitivo. Apesar dos avanços no tratamento cirúrgico, a amputação abdominoperineal ainda é a operação indicada mais efetiva nesta indicação com invasão de esfíncter e de canal anal, o que impõe aos pacientes colostomia abdominal definitiva, condição que altera a imagem corporal e grande repercussão na qualidade de vida.
OBJETIVO:
Avaliar a técnica de amputação abdominoperineal mais colostomia perineal com irrigação como alternativa à colostomia abdominal definitiva.
MÉTODO:
Análise retrospectiva de prontuário médico de cinquenta e cinco pacientes submetidos à amputação abdominoperineal do reto mais colostomia perineal no período de 1989 a 2010.
RESULTADOS:
A média de idade foi de 58 anos sendo 40% em homens e 60% em mulheres. Em 94,5% dos pacientes a indicação cirúrgica foi por câncer de reto. Em alguns foram confeccionadas três válvulas, em outros duas e nos demais não foi confeccionada nenhuma válvula. As complicações foram: prolapso mucoso, necrose do segmento abaixado e estenose.
CONCLUSÃO:
A técnica de amputação abdominoperineal mais colostomia perineal é boa opção terapêutica no arsenal do tratamento cirúrgico do câncer de reto.
Neoplasias colorretais; Amputação; Colostomia; Qualidade de vida; Irrigação terapêutica