RACIONAL:
Pancreatite aguda consiste de doença inflamatória do pâncreas por autodigestão enzimática que pode ocasionar necrose ou mesmo falência múltipla de órgãos e de fisiopatologia ainda não totalmente conhecida.
OBJETIVO:
Avaliar as correlações existentes entre dados clínicos e terapêuticos em pacientes com pancreatite aguda leve.
MÉTODOS:
Foi realizado estudo retrospectivo em 55 prontuários de pacientes internados por pancreatite aguda leve para análise de associação entre idade, leucocitose, dosagem sérica de transaminase glutâmico-oxalacética e de desidrogenase lática, glicemia, antibioticoterapia, tempo de internação e escores de Ranson.
RESULTADOS:
Houve associação positiva entre cuidados intensivos menores (hidratação rigorosa, analgesia e monitorização de sinais vitais), antibioticoterapia precoce (monoterapia), retorno precoce da dieta após 48 horas e controle laboratorial dos níveis séricos de amilase e lipase (elevados na primeira semana e decrescentes após 10 dias, porém sem valor prognóstico).
CONCLUSÕES:
Mudanças no manejo de pacientes com pancreatite aguda leve, tais como nutrição enteral, uso racional de antibióticos de menor espectro e cuidados intensivos têm contribuído significativamente para a redução do tempo de internação e mortalidade.
Pancreatite; Epidemiologia; Tratamento; Cirurgia