RESUMO
Introdução:
As tendinopatias e as fissuras em tendões respondem por 30% de todas as consultas médicas. A obesidade, que está se tornando um dos problemas de saúde pública mais prevalentes no mundo, pode estar associada com esta condição.
Objetivo
Revisar a literatura acerca da associação entre obesidade e tendinopatias.
Métodos:
Este é um estudo exploratório e descritivo utilizando artigos em língua inglesa do portal médico Medline, do período de 2006 a 2014.
Resultados:
Na patogênese das tendinopatias incluem-se elementos inflamatórios, regenerativos e degenerativos que aparecem de maneira simultânea em todos os estágios da doença. O estresse mecânico sobre os tendões parece ser um dos mais importantes na promoção do processo inflamatório inicial. Todavia não é o único. Existem fatores ambientais, genéticos e metabólicos atuando de maneira ativa. Portanto, as tendinopatias em indivíduos obesos podem se dever à sobrecarga mecânica pelo excesso de peso, mas, também, pelo aumento na produção de mediadores pró-inflamatórios relacionados ao tecido adiposo, como as adipocinas. O estado pró-inflamatório existente no indivíduo obeso é conhecido como adiposopatia ou síndrome da "gordura doente". A perda de peso está associada com decréscimo das adipocinas e diminuição da sintomatologia musculoesquelética.
Conclusão:
A associação da obesidade com tendinopatias tem sido fundamentada em estudos recentes como os desta revisão de literatura.
DESCRITORES:
Tendinopatia; Obesidade; Sobrepeso; Adipócitos