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LESÃO HEPÁTICA HIPERVASCULAR EM FÍGADO RADIOLOGICAMENTE NORMAL

RESUMO

Racional:

As lesões hepáticas hipervasculares representam um desafio diagnóstico.

Objetivo:

Identificar fatores de risco para câncer em pacientes portadores de lesão hepática hipervascular não-hemangiomatosa em fígado radiologicamente normal.

Método:

Estudo prospectivo que incluiu pacientes com lesões hepáticas hipervasculares em que o diagnóstico final foi obtido por exame anatomopatológico ou, presumido a partir de seguimento mínimo de um ano. Diagnóstico prévio de cirrose ou radiológico de hemangioma foram considerados critérios de exclusão.

Resultados:

Oitenta e oito pacientes foram incluídos. A relação mulher/homem foi de 5,3/1. A idade média foi de 42,4 anos. Na maior parte das vezes as lesões hepáticas foram únicas e com tamanho entre 2-5 cm. Em aproximadamente 1/3 dos casos foi realizada biópsia hepática. Em 81,8% dos casos as lesões eram benignas ou provavelmente benignas enquanto que em 12,5% dos casos o diagnóstico foi de câncer. A análise univariada mostrou que idade superior a 45 anos (p<0,001), antecedente familiar pessoal de câncer (p=0,020), presença de mais de três nódulos (p=0,003) e elevação da alanina aminotransaminase (p=0,013) foram fatores de risco relevantes para o câncer.

Conclusões:

È indicado observar lesões hepáticas hipervasculares em fígado normal em pacientes com até 45 anos, alanina aminotransaminase normal, com até três nódulos e sem antecedente pessoal de câncer. Para os demais com lesões atípicas, a biópsia da lesão é segura e define na maior parte dos pacientes o tratamento a ser instituído.

DESCRITORES -
Diagnóstico; Neoplasias hepáticas; Hiperplasia nodular focal; Adenoma hepático; Metástase.

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