RESUMO
Racional:
A hepatectomia laparoscópica tem apresentado grande importância no tratamento das lesões hepáticas malignas.
Objetivo:
Avaliar o impacto dela realizada por uma única equipe em relação à sobrevida global e tempo livre de doença nos diferentes tumores malignos hepáticos.
Métodos:
Foram realizadas 34 hepatectomias laparoscópicas em 31 pacientes com neoplasia maligna. Os doentes foram distribuídos em: Grupo 1 - metástases colorretais (n=14); Grupo 2 - carcinoma hepatocelular (n=8) e Grupo 3 - metástases não-colorretais e colangiocarcinoma intra-hepático (n=9). As curvas de sobrevida e sobrevida livre de doença foram estimadas. Foram avaliadas também a taxa de conversão, morbidade, mortalidade e recorrência tumoral.
Resultados:
A taxa de conversão foi de 6%; a morbidade de 22%; a mortalidade pós-operatória de 3%; recorrência tumoral em 11 casos. As medianas de sobrevida global e de sobrevida livre de doença foram respectivamente de 60 e 46 m, contudo não houve diferença entre os grupos estudados (p>0,05).
Conclusão:
Os resultados em longo prazo da hepatectomia laparoscópica para o tratamento de tumores malignos hepáticos são satisfatórios. Não houve diferença estatisticamente significante quanto às sobrevidas global e livre de doença nos diferentes grupos de neoplasia tratada.
DESCRITORES
Laparoscopia; Hepatectomia; Neoplasias hepáticas/cirurgia; Metástase neoplásica