RESUMO
Racional:
A reconstrução de trânsito intestinal é procedimento realizado eletivamente que não é isento de complicações, pelo contrário, muitos estudos evidenciam alto grau de morbimortalidade, dependendo de fatores inerentes ao paciente, bem como da própria técnica operatória.
Objetivo:
Identificar as características epidemiológicas dos pacientes submetidos à reconstrução intestinal, além de analisar as informações a respeito do procedimento cirúrgico e as complicações decorrentes.
Método:
Foi realizado análise retrospectiva dos prontuários dos pacientes submetidos à reconstrução intestinal no período de sete anos (2009-2015).
Resultado:
Foram incluídos 39 pacientes, sendo 53,8% homens e 46,2% mulheres, com idade média de 52 anos. As operações tipo Hartmann e ileostomia foram os motivos para a reconstrução do trânsito intestinal, representando juntas 87% dos pacientes. A anastomose terminoterminal foi realizada em 71,8% dos casos, utilizando principalmente a técnica manual. 25,6% dos pacientes apresentaram complicações, destacando-se a fístula de anastomose. Três (7,6%) morreram. O tempo operatório, necessidade de UTI e transfusão sanguínea apresentaram significância estatística com as complicações pós-operatórias.
Conclusão:
Verificou-se que a maioria foi de homens, com média de idade de 52 anos. Entre as variáveis estudadas, observou-se que a duração da operação, a necessidade de transfusão sanguínea e de UTI foram fatores complicadores com significância estatística.
DESCRITORES :
Colostomia; Procedimentos cirúrgicos; Complicações pós-operatórias