O artigo faz parte de um estudo mais amplo sobre a situação do sindicalismo nos países da OCED. O objeto principal é o processo de "dessindicalização", considerado o sintoma mais visível da crise do sindicalismo. O estudo limita-se a descrever a evolução das taxas de sindicalização, comparando a situação existente nos países assinalados. De modo geral, a década de 70 foi bastante positiva para a maior parte dos movimentos sindicais. Já na década seguinte, começou a haver declínio da proporção e do número de trabalhadores sindicalizados na maioria dos países. De modo geral, três situações sindicais foram distinguidas: (a) países de sindicalismo forte, com taxas de sindicalização nacional acima de 50%, onde as perdas sindicais na década de 80 foram relativamente pequenas ou inexistentes, como os países nórdicos; (b) países de média sindicalização (mais de 30% e menos de 50% de trabalhadores sindicalizados), como a Grã-Bretanha, a Itália e a Alemanha, onde as perdas foram relativamente grandes, mas onde os sindicatos conservam certa força; (c) países de baixa sindicalização (menos de 30%), como o Japão, Estados Unidos, França, Holanda etc. O sindicalismo dos EUA e da França estão entre os mais atingidos, tendo a dessindicalização se iniciado há mais tempo. Em todos os países, os sindicatos de trabalhadores do setor privado foram mais atingidos que o sindicalismo do setor público.
Sindicalismo; Taxas de sindicalização; Dessindicalização; Crise do sindicalismo; sindicalização em países OCED