O artigo procura demonstrar que os meios de comunicação de massa constituem mecanismos de poder que exercem uma função fundamental para a resistência histórica do conservadorismo político no Brasil. Sua contribuição específica é a formulação de uma metodologia baseada na teoria do discurso - teoria pós-estruturalista da comunicação e desconstrução - para contrastar estratégias políticas presentes em manifestos partidários e programas eleitorais na TV. Através desta metodologia a autora demonstra que a mobilização política é dependente de um tipo de discurso secundário ou conotativo. Baseado no marco teórico da teoria do discurso de Derrida e Laclau, o artigo desenvolve a proposição básica de que a mídia eletrônica contribui para uma dinâmica não adversarial na política brasileira mediante o enfraquecimento das possibilidades de construção de fronteiras políticas bem definidas nesta sociedade.
Estratégias políticas; Meios de comunicação de massa; Pós-estruturalismo; Comunicação política; Conservadorismo