O artigo trata do problema da democracia e sua institucionalização e consolidação. Partindo do confronto entre uma perspectiva sociológica convencional, atenta para o papel das normas, e uma perspectiva baseada na "escolha racional", atenta para o cálculo racional de interesses, os autores levantam a questão do papel dos fatores de natureza cognitiva com respeito a ambos os aspectos. Com o recurso a dados de survey executado no Brasil há alguns anos, mostram a mediação complexa exercida por aqueles fatores, tomados em termos de "sofisticação política", entre a adesão a normas cívicas e o apego egoísta ou cínico ao interesse próprio. Por fim, o artigo explora as implicações dos padrões detectados para o tema geral da democracia.
Democracia; Civismo; Cinismo; Normas; Racionalidade