O artigo busca entender a dupla manifestação da violência: a que aniquila os corpos das crianças jovens no Brasil e a que arruína suas mentes na medida em que não as capacita para enfrentar os problemas do mundo contemporâneo. Focaliza a violência no âmbito escolar, diferenciando violência física da psicológica, como modo de prescindir do conceito de violência simbólica. Ressalta a importância de se pesquisar e se compreender as atitudes e representações que a população pobre tem da escola e da educação, bem como a avaliação que os participantes do sistema escolar fazem dele como instrumento formador de habitus. Nas conclusões, aponta para a necessidade de retomada do debate sobre educação moral, sobretudo da autonomia moral na participação na vida pública.
Violência física, psicológica e simbólica; Habitus; Autonomia moral; Cidadania; Escola pública