O objetivo deste artigo é analisar as elites brasileiras a partir das variáveis socioeconômicas que influenciam a mobilidade ocupacional intergeracional entre membros e ex-membros desse estrato social. Os procedimentos metodológicos utilizados consistem em investigar a relação da mobilidade ocupacional intergeracional ascendente, imóvel ou descendente com variáveis como cor de pele, ocupação no setor público ou privado, número de empregos, escolaridade e idade de inserção no mercado de trabalho. A fonte empírica é o suplemento de mobilidade social presente na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 1996 do IBGE. A principal conclusão deste estudo reside nas evidências de que as elites brasileiras apresentam um perfil ambivalente na sua composição social: por um lado, existe uma inércia social em 15% dos membros desse estrato; por outro, 85% de elementos ascendentes podem facilmente decair, já que possuem as mesmas características sociais dos que já foram excluídos da elite.
Mobilidade ocupacional; Elites; Desigualdade social; Mobilidade social e intergeracional