Este artigo retoma um tema clássico nas ciências sociais latino-americanas: a relação entre o seu desenvolvimento interno (nacional) e as influências externas. Trata-se, no entanto, de uma retomada que insere a problemática do pensamento sociológico no contexto da mundialização da cultura. Nesse sentido, para escapar à dicotomia entre pensamento nacional e pensamento cosmopolita, o autor propõe que as ciências sociais constituem uma língua com diferentes sotaques. Não existiria, portanto, um núcleo universal (identificado às teorias produzidas na Europa ou nos Estados Unidos) e um saber regional, identificado com os países ditos periféricos.
Modernidade; Teoria sociológica; Mundialização; Eurocentrismo