Este artigo pretende identificar, no interior do utilitarismo clássico, uma definição particular das relações entre os indivíduos e o Estado, assim como a postulação de um ideal específico de personalidade. Partindo de considerações acerca de trabalhos de Jeremy Bentham, James Mill e John Stuart Mill, busca-se evidenciar a frequentemente negligenciada dimensão moral do pensamento utilitário e seus corolários. Analisando a definição acerca da natureza humana postulada pelos autores, investigam-se seus desdobramentos normativos e institucionais na prescrição de um modelo específico de organização social e política.
Utilitarismo; Moralidade; Individualismo; Pensamento político moderno