O educador Paulo Freire apresenta duas fontes para o sentimento de fatalismo presente em nossa sociedade: a visão distorcida de Deus e o contexto histórico-social brasileiro. Com base nisso, ele realiza sua crítica social como denúncia do mundo injusto que impede a plena realização da pessoa humana e como anúncio e fomento de uma nova ordem social, desenvolvida e democrática. Para tanto, faz-se necessário promover no sujeito o senso histórico e a capacidade de ação no mundo. Em minha análise, discuto a fundamentação católica da sua proposta pedagógica da conscientização e de sua estratégia narrativa do testemunho como produtoras de mudança social e como exemplos da nova relação católica com o mundano.
Paulo Freire; Catolicismo; Pensamento Social; Testemunho; Secularização